quarta-feira, 29 de julho de 2009

The midnight venom


Algum tipo de pesadelo,horas não pode ser outra coisa.Enquanto o véu da noite cai,renovando um novo sonho.Mais uma armadilha,todo paraíso queima.Novamente transformando o inferno em algo real.Tão real e atroz,que é capaz de sentir sua alma queimar junto com os pecados envolvidos em sí.Enquanto o triste líquido venenoso,embaralha minha mente.E nada mais faz sentido,cair como folhas em uma estação ou cair no campo de batalha encontrando a redenção na espada do guerreiro,não há diferença o pesadelo é o mesmo.Esse veneno,essa dor a ira e o odio tomam conta do meu ser,enquanto tento sair,e escapar desse pseudo inferno que minha mente criou enquanto o sublime véu do sono transformava minha pesadelo,em realidade.Os segundos,minutos cada pedaço de tempo,transformados em uma infinita realidade alternativa,poderia viver todas aquelas horas.Agonia e dor,entre batismos de fogo,acompanhados pelo anjo da morte carregando sua foice em todo seu explendor.Preso, as correntes machucam enquanto espero pela minha vez,na lista tento encontrar a última redenção,a glória
na esperança de que algum ser escute minha preçe.A luz chega ao ponto a ordem celestial invade o pseudo inferno libertando meu ser depois de uma batalha selvagem entre anjos ,e demonios.Ao acordar e ver que tudo não passou de um simples pesadelo é fácil,novamente você dorme,e ao fechar os olhos o pesadelo volta,como uma ciclo.

quinta-feira, 11 de junho de 2009




Evocação

Cansei-me deste exílio de onde há dias
fugi na direcção do mar. A gente
abandonara a praia, os gritos e os navios,
que nunca navegaram, tinham fundeado
na areia onde as gaivotas devoravam
as pegadas humanas, deixando as suas
que o vento apagaria à noite,
e as ondas repetiam a espúria eternidade.
Que mais posso dizer? Que fui eu quem voltoua
o exílio, que os cedros escurecem,
que os dias não tornaram mais com alegria,
que vejo na cidade, em janelas como esta,
caminhos incompletos atrás das vidraças
e, à distância, outra larga frente ao mar,
onde, olhando, o teu vulto permanece.

Nuno Dempster

in "Dispersão - Poesia Reunida"

quinta-feira, 4 de junho de 2009

•Boas Maneiras de se Lembrar de Velhos Hábitos.

Quando a saudade bate,
O coração aperta
A lágrima corre
e o Meu rosto percorre

Só uma coisa pode significar
que Ela, por assim dizer,
Simplesmente,
Deixou de me amar.

Oque um dia era sonho,
Durante a noite se transforma em pesadelo,
Não me pergunte no que eu creio,
Apenas pergunte se eu creio.

Oque o Sol transparece,
Na névoa desaparece,
Minha vida se transforma
Porém, meu coração não suporta

Por um instante, um triz,
Deixei de ser feliz
Ainda ouço ela, me perguntando
Como é que se diz?!

Por:Raphael C. Navarro (XÉDOW the BFDPDC)

• O Corvo

Edgar Allan Poe

Tradução em prosa por Helder da Rocha


Numa sombria madrugada, enquanto eu meditava, fraco e cansado, sobre um estranho e curioso volume de folclore esquecido; enquanto cochilava, já quase dormindo, de repente ouvi um ruído. O som de alguém levemente batendo, batendo na porta do meu quarto. "Uma visita," disse a mim mesmo, "está batendo na porta do meu quarto - É só isto e nada mais."

Ah, que eu bem disso me lembro, foi no triste mês de dezembro, e que cada distinta brasa ao morrer, lançava sua alma sobre o chão. Eu ansiava pela manhã. Buscava encontrar nos livros, em vão, o fim da minha dor - dor pela ausente Leonor - pela donzela radiante e rara que chamam os anjos de Leonor - cujo nome aqui não se ouvirá nunca mais.

E o sedoso, triste e incerto sussurro de cada cortina púrpura me emocionava - me enchia de um terror fantástico que eu nunca havia antes sentido. E buscando atenuar as batidas do meu coração, eu só repetia: "É apenas uma visita que pede entrada na porta do meu quarto - Uma visita tardia pede entrada na porta do meu quarto; - É só isto, só isto, e nada mais."

Mas depois minha alma ficou mais forte, e não mais hesitando falei: "Senhor", disse, "ou Senhora, vos imploro sincero vosso perdão. Mas o fato é que eu dormia, quando tão gentilmente chegastes batendo; e tão suavemente chegastes batendo, batendo na porta do meu quarto, que eu não estava certo de vos ter ouvido". Depois, abri a porta do quarto. Nada. Só havia noite e nada mais.

Encarei as profundezas daquelas trevas, e permaneci pensando, temendo, duvidando, sonhando sonhos mortal algum ousara antes sonhar. Mas o silêncio era inquebrável, e a paz era imóvel e profunda; e a única palavra dita foi a palavra sussurrada, "Leonor!". Fui eu quem a disse, e um eco murmurou de volta a palavra "Leonor!". Somente isto e nada mais.

De volta, ao quarto me volvendo, toda minh'alma dentro de mim ardendo, outra vez ouvi uma batida um pouco mais forte que a anterior. "Certamente," disse eu, "certamente tem alguma coisa na minha janela! Vamos ver o que está nela, para resolver este mistério. Possa meu coração parar por um instante, para que este mistério eu possa explorar. Deve ser o vento e nada mais!"




•The nightmare !

O pior dos pesadelos, seria ele ver a tí sucumbir em meu lugar, pois nesse mundo o único que espera por você sou eu ! A dor de observar tudo acabar lentamente como pequenos fragmentos de uma estrela quebrada em pedaços que aos poucos vão perdendo seu brilho. Mais uma noite de luar, o canto para a deusa, o tributo a hereges, tudo para pelo menos encontrar seu explendor caminhando em ruas com sonhos imaculados que aos poucos estão virando pesadelos,sangue e horror em toda parte, pois sem você nada tem graça as trevas aparentemente a única solução,para o desfeixo. Impuros, andando pela rua .. Olhares de fúria, dizendo "Nunca mais !".Então em um hino maldito que carrego em meu peito irei rogar ele mil vezes ! Mil Vezes!.Palavras doces, para encantar e iludir !Nada é tão real a não ser a dor que agora atinge meu coração como um sutíl flecha de prata que ao trepassar o mesmo, é tão comum, tento achar que é normal.Pois se sofrimento é a única saida então que seja assim será feito, irei rezar, ao longo dos séculos para que a luz dos fragmentos estrelares nunca virem pó e continuem a brilhar. Ao anoitecer e quando toda dor não parecer nada, ser algo completamente fútil, irei Uivar como um lobo que venera a lua,Uivar tão alto para que os ventos de alguma forma levem minha mensagem a você........E assim acabar de vez, retirando a flecha de prata saliente em meu peito...

quarta-feira, 3 de junho de 2009

À M.S.G.
Beijar o nácar, que te acende os lábios,
seria para mim prazer divino;
mas eu desprezo os risos da fortuna,
que podem profanar o meu destino.

Feliz de mim se repousasse um pouco
sobre o teu níveo seio que palpita:
mas fere a maldição os meus desejos,
a paz voara e te deixara aflita.

Em silêncio nasceu, cresce em silêncio,
este amor infinito, único, eterno.
Irei agora, abrindo-te minha alma,
exilar-te do céu, abrir-te o inferno?

Não, oh meu anjo, além escuto o eco
da maldição da nossa sociedade;
ouvi-lo, sem corar, não poderias,
expire pois a nossa felicidade.

Qu'importa o fogo que em meu peito lavra,
qu'mporta a febre que me rói a vida,
se a tua correrá serena e pura,
de prazeres somente entretecida?

Roubar teu coração à paz dos anjos,
e nele despargir os meus amores,
oh! fora um crime, um sacrilégio horrível;
para puni-lo não houveram dores.

E, pois, para livrar-te ao precipício,
adeus, meu anjo, fugitivo corro:
rocem embora os teus, os lábios d'outrem,
será breve o penar, porque já morro.

Sim, agonizarei talvez bem pouco,
porque meus dias 'stão pedindo graça,
oh! para possuir-te, afrontaria
infâmias, porém não tua desgraça.

Ao menos ficarás de um crime isenta,
o porvir para ti será de flores;
qu'importa que minha alma se torture,
se tu não sofrerás por meus amores?

Lord Byron .

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Killed by love
Eu tenho mais a perder, mais a perder do que você
Porque eu sou o único apaixonado entre nós dois
Eu sei que fui atacado por relâmpagos lá de cima
Porque eu fui morto por amor

Eu tenho uma queda maior, uma queda maior pra pegar
Porque eu sou um tolo maior com um coração maior pra quebrar
Você me empurrou pra longe, um impulso se transformou num empurrão
E eu fui morto por amor

Me largue numa cheia e solitária cidade
Todos lá estiveram chorando
Me largue numa cidadezinha sem piedade
E deixe me ser aquele que está morrendo